Educação
A revolução na Educação Brasileira – parte 01
A sala
estava quase lotada. Era dia de reunião pedagógica no Centro do Saber, uma
instituição pública que fica na cidade de Nova Aliança.
O
diretor anuncia a pauta central e o tema que irá focalizar: "como podemos
melhorar o ensino que oferecemos". A linha de ensino adotada pelos
professores, com exceção de Pedro Paulo, é sustentada na teoria
tradicionalista.
É dado
início à reunião e o Sr. Diretor vai logo cobrando resultados. Ele afirma que
tem recebido muitas críticas dos pais em relação ao baixo rendimento
apresentado pelos alunos. Ao que imediatamente é rebatido pelo professor Jonas
que considera esse fato devido à falta de interesse. Logo, imediatamente,
recebe o apoio dos demais colegas, menos o Pedro Paulo que preferiu não se manifestar.
A
reunião prossegue, quando alguém a interrompe. É exatamente o pai de um aluno
que, insatisfeito, quer saber por que o Joãozinho fora reprovado. Mais uma vez
quem toma a palavra é o professor Jonas que taxativamente diz para o pai que
ele não conhece o filho que tem. A discussão continua, mas ambos não chegaram a
uma conclusão do baixo rendimento do aluno em evidência. O pai se retira mais
insatisfeito ainda, e a reunião tem prosseguimento.
Em seu
canto, sempre em silêncio, está o Pedro Paulo. Quem é essa figura tão
simplória? Pedro Paulo é o professor mais novo na escola. Ele tem apenas três
anos de conclusão de curso e menos de um ano no Centro do Saber. Ele é
professor de língua portuguesa. Veio do interior de Pernambuco.
Pedro
Paulo é inteligente, mas um tanto quanto pacato. Sua simplicidade o faz, às
vezes, tímido. Os colegas, mais "experientes" e antigos, não o
consideram muito. Por conseguinte, ele tem muita dificuldade de relacionamento
e de execução de seu trabalho. Muito embora já tenha percebido que algo anda
errado com o ensino naquela escola.
Continua no próximo post.
Um grande abraço!
Professor Rivaldo Neri
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