segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Educação

A revolução na Educação Brasileira – parte 01

A sala estava quase lotada. Era dia de reunião pedagógica no Centro do Saber, uma instituição pública que fica na cidade de Nova Aliança.
O diretor anuncia a pauta central e o tema que irá focalizar: "como podemos melhorar o ensino que oferecemos". A linha de ensino adotada pelos professores, com exceção de Pedro Paulo, é sustentada na teoria tradicionalista.
É dado início à reunião e o Sr. Diretor vai logo cobrando resultados. Ele afirma que tem recebido muitas críticas dos pais em relação ao baixo rendimento apresentado pelos alunos. Ao que imediatamente é rebatido pelo professor Jonas que considera esse fato devido à falta de interesse. Logo, imediatamente, recebe o apoio dos demais colegas, menos o Pedro Paulo que preferiu não se manifestar.
A reunião prossegue, quando alguém a interrompe. É exatamente o pai de um aluno que, insatisfeito, quer saber por que o Joãozinho fora reprovado. Mais uma vez quem toma a palavra é o professor Jonas que taxativamente diz para o pai que ele não conhece o filho que tem. A discussão continua, mas ambos não chegaram a uma conclusão do baixo rendimento do aluno em evidência. O pai se retira mais insatisfeito ainda, e a reunião tem prosseguimento.
Em seu canto, sempre em silêncio, está o Pedro Paulo. Quem é essa figura tão simplória? Pedro Paulo é o professor mais novo na escola. Ele tem apenas três anos de conclusão de curso e menos de um ano no Centro do Saber. Ele é professor de língua portuguesa. Veio do interior de Pernambuco.
Pedro Paulo é inteligente, mas um tanto quanto pacato. Sua simplicidade o faz, às vezes, tímido. Os colegas, mais "experientes" e antigos, não o consideram muito. Por conseguinte, ele tem muita dificuldade de relacionamento e de execução de seu trabalho. Muito embora já tenha percebido que algo anda errado com o ensino naquela escola.

Continua no próximo post.
Um grande abraço!
Professor Rivaldo Neri

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