A revolução na Educação Brasileira – parte 02
O tempo
segue e as coisas na escola continuam do mesmo jeito. São as mesmas estratégias
pedagógicas ano após ano. Em conversa discreta com um colega de mais tempo
naquela instituição, o professor Pedro Paulo toma conhecimento que há pelo
menos sete anos as práticas pedagógicas são as mesmas no Centro do Saber. Em
contato também com alguns alunos, ele percebe que muitos estão mal acostumados
a seguir estritamente as orientações dos "mestres", quando seguem, se
é que seguem realmente.
Diante
dessa angústia que vai tomando conta desse simples professor, resolutamente
decide que precisa fazer alguma coisa.
Certo
dia, em uma coordenação pedagógica ordinária, resolve falar. Seu pronunciamento
parte do ponto de que essas práticas de ensino adotadas são a causa do baixo
rendimento dos alunos. Mas logo é interpelado, desta vez não pelo professor
Jonas, mas pela professora Matilde da Glória, que ironicamente o taxa de
ridículo tudo isso que o professor Pedro Paulo estar a defender (ele falava
exatamente de trocar o estilo tradicional de ensino para a aprendizagem
significativa).
"Mas que
é isso, professor Pedro Paulo, o senhor é apenas alguém com experiência mínima
no ensino. Isso é fruto de um imaginário sonhador que não conhece a realidade
de nossa escola. Nós há muito tempo que estamos fazendo assim e tem dado certo.
Se alguns alunos reprovam é porque não estão interessados". Desta vez foi o
Jonas que bradou.
Reuniões
e mais reuniões iam acontecendo e sempre o professor Pedro Paulo era combatido
em suas ideias de mudança. Cansado disso, decidiu que deixaria aquela escola.
Era uma decisão muito séria a que estaria para tomar, mas era preciso. Não
podia mais esperar.
Decisão
tomada, decisão cumprida. No dia 22 de dezembro de 2000, o professor Pedro
Paulo pela última vez leciona naquela escola. Ele finalmente parte em busca de
novas propostas de ensino.
Continua
no próximo post
Nenhum comentário:
Postar um comentário