terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

A revolução na Educação Brasileira – parte 02

O tempo segue e as coisas na escola continuam do mesmo jeito. São as mesmas estratégias pedagógicas ano após ano. Em conversa discreta com um colega de mais tempo naquela instituição, o professor Pedro Paulo toma conhecimento que há pelo menos sete anos as práticas pedagógicas são as mesmas no Centro do Saber. Em contato também com alguns alunos, ele percebe que muitos estão mal acostumados a seguir estritamente as orientações dos "mestres", quando seguem, se é que seguem realmente.

Diante dessa angústia que vai tomando conta desse simples professor, resolutamente decide que precisa fazer alguma coisa.
Certo dia, em uma coordenação pedagógica ordinária, resolve falar. Seu pronunciamento parte do ponto de que essas práticas de ensino adotadas são a causa do baixo rendimento dos alunos. Mas logo é interpelado, desta vez não pelo professor Jonas, mas pela professora Matilde da Glória, que ironicamente o taxa de ridículo tudo isso que o professor Pedro Paulo estar a defender (ele falava exatamente de trocar o estilo tradicional de ensino para a aprendizagem significativa).
"Mas que é isso, professor Pedro Paulo, o senhor é apenas alguém com experiência mínima no ensino. Isso é fruto de um imaginário sonhador que não conhece a realidade de nossa escola. Nós há muito tempo que estamos fazendo assim e tem dado certo. Se alguns alunos reprovam é porque não estão interessados". Desta vez foi o Jonas que bradou.
Reuniões e mais reuniões iam acontecendo e sempre o professor Pedro Paulo era combatido em suas ideias de mudança. Cansado disso, decidiu que deixaria aquela escola. Era uma decisão muito séria a que estaria para tomar, mas era preciso. Não podia mais esperar.
Decisão tomada, decisão cumprida. No dia 22 de dezembro de 2000, o professor Pedro Paulo pela última vez leciona naquela escola. Ele finalmente parte em busca de novas propostas de ensino.

Continua no próximo post

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