segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

RECOMEÇO

Quantas vezes passam por nós oportunidades disfarçadas, e, por essa razão, não as percebemos no momento em que chegam?

Minha dica de hoje é, portanto, que a cada dia aprendamos um pouco mais a valorizar as pessoas e coisas importantes que nos são apresentadas em nossa vida.

Mas qual a razão dessas nossas primeiras palavras? Por que começamos este post de maneira tão sentimental? A resposta é porque talvez estejamos com saudades de amigos que passaram em nossa vida!

Hoje, dia 29 de fevereiro, encerra-se um mês; e se inicia um ano letivo para alunos e professores da rede pública de ensino do Distrito Federal. E, neste ano, não mais estarei nas escolas que trabalhei no ano de 2015. Na verdade, foram dois anos, também 2014 tive o privilégio de trabalhar nas escolas CEF 03 e CEF 10, com profissionais de alto gabarito e extremamente responsáveis.

Nesses dois últimos anos, tive a honra de conhecer pessoas extraordinárias, com as quais, muito aprendi. Homens e mulheres de um brilho contagiante, profissionais talentosos e zelosos em sua atividade. Um compromisso ímpar com a educação e as comunidades que se inserem no contexto dessas duas escolas.

Sim, deveras, não tenho dúvidas da grande dedicação desses mestres, diretores e servidores dessas referidas escolas. Tenho plena convicção de que esses nobres colegas, com muita sapiência e esmero, têm procurado dar o melhor de si para que seus alunos cresçam profissionalmente.

E aqui deixamos uma pergunta reflexiva: Quanto vale um professor?

Sinceramente! Não tenho a resposta. Todavia, espero, agradecido a Deus, que as comunidades que se inserem no contexto dessas escolas reconheçam o valor desses profissionais. E esse desejo não seria demagogo nem presunçoso de nossa parte.

Na verdade, de público, desejo que aquele ou aquela que, por ventura, lê esse pequeno artigo, veja o quanto admiro e reconheço o trabalho desses meus colegas em que pude testemunhar o grande empenho e esforço de cada um para que a educação neste país dê um salto.

Por fim, talvez, fique-lhe uma pergunta: Sim! Bonitas as suas palavras, mas o que esse relato tem a ver com a palavra “recomeço”?

Simples! Hoje, 29 de fevereiro, retornam-se as aulas da rede pública de ensino do Distrito Federal. Entretanto, para mim, será um recomeço diferente: não retornarei para as escolas aqui citadas.

Será um recomeço que, de certa forma, falta-me a boa companhia desses amigos e colegas de trabalho que muito contribuíram em minha ascensão profissional.

De fato, será um recomeço bem diferente. Novos horizontes. Novas conquistas. Novas amizades. Porém, uma certeza fica: continuarei na torcida para que, mais uma vez, o trabalho desses meus amigos professores, diretores e servidores das escolas CEF 03 e CEF 10 continue com o mesmo brilho dos anos anteriores. Podem ter certeza de que vocês fazem a diferença neste país de encontros e desencontros.

Quanto a mim, minha esperança é que também encontre nas escolas em que trabalharei neste 2016, o mesmo entusiasmo desses professores.

Meu desejo é encontrar a mesma simpatia das pessoas com as quais tive a honra de conviver nos últimos anos. Todavia, reconheço que isso é algo recíproco. Se desejarmos que os outros nos sejam simpáticos, sejamos nós, primeiro, a agir com espírito empático.

A propósito, desejo terminar esse post, com uma história que ilustrei um comentário feito em meu livro, “A verdade que Liberta”:
Conta uma popular lenda do oriente próximo que um rapaz chegou a um pequeno povoado onde estava sentado à beira de um oásis um velho e perguntou-lhe:- Que tipo de gente vive neste lugar? Ao que o velho respondeu:
- Que tipo de gente vivia no lugar de onde você vem?
- Ah! Um grupo de pessoas muito egoístas e malvadas. Creio que não deixei nada de bom no lugar de onde vim! Respondeu o visitante
Prontamente o velho retrucou:- Pois a mesma coisa você haverá de encontrar por aqui!
Em outro momento, outro visitante, passando pelo mesmo lugar, perguntou ao velho que ainda continuava à beira do oásis:- Que tipo de gente vive neste lugar? O velho homem do lugar respondeu com a mesma pergunta:
- Que tipo de gente vive no lugar de onde você vem?
- O homem visitante, sorrindo, respondeu:
- Ah! Um magnífico grupo de pessoas, amigas, hospitaleiras e gente muito honesta. Na verdade, sinto ter de deixá-las!
O ancião respondeu:- O mesmo encontrará por aqui, meu bom rapaz!
Um senhor, que também se encontrava no momento das duas conversas, perguntou, por sua vez, ao velho:- Como pode, o senhor dar respostas tão diferentes a mesma pergunta?
-
Cada um carrega dentro de si, o meio ambiente em que vive. A pessoa que nada encontra de bom nos lugares por onde passa, não poderá encontrar coisa diferente por aqui. Por outro lado, quem semeia a amizade, colherá amigos também aqui!

Por hoje é só! O trabalho nos chama. Ah! Para não me esquecer, as escolas aqui citadas ficam na cidade do Gama, região administrativa de Brasília, no Distrito Federal.
 Conheça o CEF 3 
 Conheça o CEF 10


Um grande abraço!

Professor Rivaldo Neri

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