AMOR
Era
uma escola conhecida por a grande violência que lá existia. Nessa escola havia
um jovem muito dedicado, que, não tendo outra escolha, tinha de estudar ali. Seus
pais não tinham condições financeiras de colocá-lo em uma escola particular.
Mas para esse aluno, tudo bem. Ele queria mesmo era estudar.
Acontece
que esse garoto era muito perseguido. E sabem qual o motivo dessa perseguição? Simplesmente
porque gostava de estudar. Era esforçado.
Certo
dia, alguns colegas de classe resolveram “tirar uma onda”, na linguagem deles,
com o aluno que gostava de estudar.
No
intervalo, reuniram um grupo de aproximadamente 14 meninos, sendo que três
tomaram a frente, e espancaram muito aquele garoto.
Espancaram tanto que o
pobre rapaz fora hospitalizado. No hospital, sua mãe clamava muito: "Meu Deus,
ajude o meu menino. Não o deixe morrer".
Pela
graça de Deus, aquele bom menino se recuperou. Depois de alguns dias, com a
mesma determinação, voltou para a escola.
No
primeiro dia, após sua volta, alguns outros alunos, indignados com o que lhe
acontecera, disseram: Você sabe quem lhe bateu? – Sim, jamais me esquecerei. –
Então vamos pegar eles agora e dar-lhes uma tremenda surra. Vamos vingar o que
eles lhes fizeram.
O
jovem rapaz até que, por um breve momento, sentiu o desejo de aceitar a ajuda
de vingança. Mas uma voz no fundo de seu coração lhe dizia: “Não, entrega isso
a Deus”.
Assim,
aquele bom rapaz fez. Agradeço-lhes a ajuda, meus amigos! Mas creio que essa
não é a melhor coisa a ser feita.
Violência sempre vai gerar mais violência. Muito obrigado! Farei diferente.
Após
alguns dias, esse jovem deliberadamente resolveu criar um grupo para uma
atividade de “Não a violência na escola”. A princípio, poucos alunos se
juntaram a ele. Mas ele continuou seu trabalho persistentemente.
Os
dias foram se passando, e outros alunos foram se juntando ao pequeno grupo. Já
não eram apenas cinco pessoas, mas agora já passava de 15 alunos com o mesmo
objetivo.
Aos
poucos aquele grupo foi contagiando além dos alunos, professores, servidores,
diretores, e muito mais alunos. Agora o grupo já contava com cerca de 150
pessoas diretamente envolvidas.
Mas
o mais importante ainda estaria por vir. Certo dia, um aluno que era
extremamente violento resolveu que também faria parte daquele grupo. Vocês até
já podem imaginar quem seria esse aluno. Isso mesmo, o aluno que primeiro lhe
desferiu um soco quando o líder desse grupo de Não a violência sofrera aqueles
maus tratos.
O
aluno chegou muito envergonhado ao grupo. Cabisbaixo, ele disse: “Sinto-me muito
envergonhado. Eu agi como um louco. Obrigado por não ter me delatado ao
diretor. Por favor, deixe-me fazer parte desse grupo”. O jovem garoto de bom
coração o aceitou prontamente.
A
grande moral dessa história é que o perdão e o amor são as melhores armas para
vencermos os nossos inimigos. Esse garoto foi extraordinário. Com muita
dignidade, humildade e amor ao semelhante, ele conseguiu uma verdadeira
transformação naquela escola.
Hoje
a realidade daquele Centro de Ensino é outra. Tudo isso porque alguém amou ao
próximo.
Um
grande abraço!
Professor
Rivaldo Neri
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